Sexta das leitoras – Mulher independente e homem inseguro

Dessa vez resolvi publicar uma história um pouco mais madura, que foge do padrão que tenho recebido: “conheci um cara na balada + fiquei apaixonada = quero namorar”.

Creio que muitas mulheres com mais de 25 anos já passaram por esse tipo de situação, o  que fazer quando a sua carreira avança a passos mais largos que a relação e o amadurecimento do namorado?

“Cafa, havia descoberto seu blog no primeiro ano de faculdade, era novinha e desinformada. Seu blog foi um verdadeiro eye opening. Completei trainee em multinacional e hoje tenho um ótimo trabalho, moro sozinha, sou independente.

Cafa > Fofa.

Preciso do seu conselho para entender o que se passa na cabeça (de cima) do meu noivo. Cafa. Socorro!

Em 2012, conheci e comecei a namorar um rapaz que hoje tem 29 anos (eu, 25). Ele era tudo de bom: inteligente, bonito no seu estilo geek-chic, culturalmente refinado, pratica mesmos esportes que eu e cuida bem do corpo, muitos assuntos em comum, círculo de amigos interessante.

Eu era muito, muito mais experiente que ele em relacionamentos e sexo.

Na infância/adolescência ele teve problemas psicológicos (depressão, bullying por usar apoio externo de coluna, divórcio hiper-conflituoso dos pais) que resolveu com terapia. Ele perdeu a virgindade aos 19 com garota de programa. Depois, só fez sexo com outras 4 mulheres ao todo, incluindo eu e a única (ex)-namorada doidinha dele. No início, ele era bem ruim no sexo, mas eu já gostava muito dele, com paciência ensinei tudo e hoje nossa química é excelente, o melhor homem que já tive.

Cafa > Eu detesto vitimização. Muitas pessoas tiveram problemas na infância e adolescência (eu tive um monte e bem parecidos com os dele) e cabe somente a elas resolverem ao invés de usar isso de arma para ganhar a compaixão alheia.

Usei essa desculpa do passado uma vez com a minha ex para justificar uma traição e me senti um idiota. A partir do momento que os fantasmas da minha infância/adolescência começaram a me atrapalhar, fui numa psicóloga e resolvi.

Enfim, o cara deve ter muuitas qualidades para você ter a paciência de suportar tantos obstáculos. Parabéns por isso.

Recentemente, surgiu uma oportunidade para eu fazer um MBA nos EUA. A ideia seria meu noivo ir morar comigo lá. Ele trabalha com TI e já usa o esquema home-office 90% do tempo.

No entanto, esse assunto começou a lhe incomodar e lhe angustiar, e ele agora o evita. Notei que ele está ficando meio ressentido com nossa diferença de renda (ele ganha na faixa R$ 5-7 mil, eu R$ 27 mil). O sexo começou a rarear (sempre por parte dele) há 2 meses.

Cafa > Putz, ai é foda. Sabe o que mais me incomoda disso tudo? Não é o fato de você ganhar (bem) mais que ele, por mais que isso colabore para a baixo auto-estima do cara. O que me incomoda é fato dele ver essa viagem como um problema e não uma oportunidade.

Se eu não estou satisfeito com a minha vida profissional atual (o que na real é uma verdade no meu caso), e a minha noiva tem a possibilidade de ir estudar fora e me ajudar financeiramente, enquanto eu busco algo nos Estados Unidos, eu acharia o máximo. A área de TI tem oportunidade transbordando em vários países desenvolvidos e o fato dele poder trabalhar em casa, já ajuda um bocado no início.

Tivemos uma séria DR domingo passado, ele disse que se sente péssimo pela carreira dele ter estagnado, que ele se sente envergonhado quando viajamos em feriados e eu pago sozinha hotel e vôos, e que ele se sentirá mal por ir viver “às minhas custas” nos EUA.

Cafa > De novo a vitimização. A carreira estagna por dois motivos principais, pessoal e conjuntural. No último, se ele colocasse a culpa na Dilma, eu acharia mais justo, pois infelizmente está difícil crescer na situação atual do país. Porém, o ponto principal para a carreira estagnar é de ordem pessoal. Por que ele não voltou a estudar? Por que não buscar oportunidades nos EUA ou Canadá (esse aqui chove trabalho em TI)?

Outro ponto, se ele se sente incomodado que você paga as paradas, por que ele não sugere fazer um feriado mais tranquilo? Coisa boba isso: “Ai, me sinto envergonhado, mas aproveito a mordomia”. Ou fica incomodado, sugere algo de boas e não vai, ou vai, engole o choro e orgulho de macho. Jogar isso na cara depois é coisa de menino.

Daí, ele soltou uma bomba, dizendo que a vida é muito injusta porque eu também tive minha “solteira e pegadora” na faculdade enquanto ele baixava pornôs na rede da faculdade e só; porque eu experimentei vários homens (32) antes de conhecê-lo, mas eu fui a primeira e única “mulher normal” dele. Disse que jamais me trairia (e eu confio nele), mas que sente muita falta de não ter tido a fase de poder corresponder aos olhares, flertes e indiretas que mulheres bonitas hoje jogam em cima dele, tendo experiência para “chegar e pegar”.

Cafa > Pai do céu. Estou quase acendendo uma vela pra iluminar o caminho do garoto.

O que o passado da sua vida tem a ver com isso?! A propósito, não me diz que você contou pro cara que deu pra 32, não né? É o tipo de informação que não se pergunta/responde. E essa tentativa babaca de falar que é cortejado pelas mulheres só pra tentar te deixar insegura?

Realmente me impressiona uma garota com experiência, maturidade e intelecto suportar esses tipos de insinuações.

Cafa, me explica isso, por favor. Será que ele tem algum medo oculto que eu vá trocá-lo por algum homem no meu nível profissional? Grana pra mim é algo instrumental, não um termômetro de caráter ou atratividade. Não me importo em “bancá-lo” quando necessário.

Cafa > Ele está morrendo de medo de ser trocado, se você quer saber. Por isso usa o truque baixo de que há “várias garotas olhando pra mim, cuidado”.

Não misture envolver-se com homem no seu nível profissional e grana. Pela sua história está mais do que claro que você não largaria o noivo por dinheiro, mas eu não tenho dúvida que trocaria por um homem do seu nível intelectual / maturidade se a ocasião permitisse. Retomo mais pra frente.

Como posso convencê-lo que HOJE ele me satisfaz sexualmente como nenhum dos outros homens do meu passado, e que a falta de experiência passada dele é só isso – passado?

Cafa > Ele não deve ter dúvida de que hoje ele te satisfaz, o medo dele é do amanhã. Ele sabe do seu potencial e das limitações dele e essa viagem pra fora será um divisor de águas, ou vai ou racha. E nesse processo de vitimização, ele só consegue ver racha.

Será que se eu disser que quero me casar logo, ele deixaria essas neuras de lado? E quanto a essa lamúria de não poder corresponder aos avanços de outras mulheres, de onde vem isso, Cafa? Tá faltando algo de minha parte, será?

Cafa > Ó lá, o cara tá conseguindo o que quer transferindo a culpa pra você. Não caia nessa.

E que papo é esse de resolver o problema querendo casar? Tá boba? Vai piorar o que já não tá legal.

O que falta da sua parte é atitude pra ter uma conversa mais incisiva com ele.

Fui sozinha a uma terapeuta de casais, ela deu uma ideia de que eu e ele façamos um acordo: o noivado fica suspenso enquanto eu faço o MBA, ele pode ter vida de solteiro aqui, e eu lá, e depois voltamos. Segundo a terapeuta, meu noivo iria matar a curiosidade de ser deixado por mulheres da disco/Tinder/pub e saber corresponder/paquerar/transar, algo que ele não fez aos 19/20 anos, e depois voltaria todo feliz para mim. Mas eu não quero outros homens, eu quero ele e só ele para mim e só para mim. Essa ideia de “abrir o relacionamento” não é definitavemnte para mim. Saí da terapeuta mais confusa do que entrei.

Estou bem perdida nos meus pensamentos, dê-me um insight, Cafa”…

Cafa > Cara, eu vou virar terapeuta de casais. Tá fácil ganhar a vida dando esse tipo de pitaco. Eu não preciso conversar muito com você para entender que o perfil do cara é conservador, ele jamais aceitaria relacionamento aberto. O único intuito que eu vejo nessa dica da terapeuta é que vocês terminem após conhecerem pessoas com o mesmo perfil. Nesse sentido eu não acho o conselho ruim.

Porém, percebi que você está toda apaixonada pelo cara e ainda quer dar uma última chance. Sendo bem franco contigo, você vai ter que dar um ultimato aqui. O teu perfil é diferente do dele e algo que fez você se apaixonar não mantém nessa relação no longo prazo.

Lembra-se daquela garota que comentei posts atrás que foi expatriada para os Estados Unidos? Então, ela foi namorando (mas o cara ficou no Brasil). Eu não tenho ideia de como ele é ao vivo, mas pelas fotos e mensagens bobas que posta, está bem aquém do nível da garota. No primeiro mês eles seguiram trocando mensagens fofinhas pra todo mundo ver (o que eu acho de um extremo mal gosto), mas no segundo vi que não tinha quase nada. E lá fui eu dar uma urubuzada. Tivemos uma conversa bem bacana e a garota disse que não estava tão segura se o namoro daria certo, pois tinha conhecido alguém no trabalho interessante e tal.

Se o seu noivo não for contigo decidido a dar uma guinada na carreira e acreditar nessa relação, e principalmente, no potencial dele, tenho certeza que você terá o mesmo destino da minha amiga.

Mulheres broxantes

Já rolou várias vezes comigo. Conheço a garota, primeiro encontro é bacana e teve química na cama. O início perfeito para qualquer futura relação, certo? Só que ai aparece uma mania irritante ou um traço de personalidade que faz com que a primeira (boa) impressão caia por terra. Conversando com amigos, listamos algumas:

Monopolizadora de conversa e narradora de foda – Tá, esse traço pode ser sentido já no primeiro encontro. Porém, nesse caso normalmente as pessoas estão mais tímidas e se a garota tem a habilidade de falar bastante, não chega a ser um defeito. O problema é depois.

Normalmente quem fala muito, não ouve nada. E ai a garota te fagocita nos assuntos que ela quer e mesmo que você ensaie mudar para outro tema, ela arruma um jeito de voltar ao assunto chato. Sai uma vez com uma contadora que só sabia falar da empresa e chefe, quando eu tentava falar sobre a minha empresa, ela dava aquela risadinha de canto de boca, soltava uma frase babaca e que não permite continuidade como “ninguém merece” e novamente voltava a falar sobre a área contábil.

Nesse grupo geralmente estão as narradoras de foda. Não contentes em querer monopolizar o assunto no restaurante, na cama ela precisa descrever tudo o que acontece. E ai vira a Galvã Bueno da trepada, “Agora quero que você chupe a xoxota”, “Isso, chupa, continua, assim, isso”, “Agora me coma de quatro, vem. Coloca. Isso.”, “Que delicia né? Tá gostando? Gosta de me comer?”. Eu tenho mais trabalho em obedecê-la e responder ao questionário sexual que realizar o ato em si. Como falei no post anterior, atitude sim, mas com bom senso.

Múmia – Eu não sei o que é pior, sair com a matraca acima ou com uma planta. Nunca dá pra saber o que a múmia está sentindo. A conversa parece um questionário, quase nada vira um diálogo espontâneo. Se ela não fala numa mesa de restaurante, imagine na cama? Com esse tipo de mulher eu gosto de transar olhando pra ela, para tentar identificar alguma mínima reação de prazer (nem que seja um apertar de olhos), pois se pegar de costas dá a impressão que ela está dormindo.

A chata das redes sociais – Esse é o tipo moderno da mulher broxa que mais cresce. Elas são as hiperativas das redes sociais e possuem cadastros em todas. São as primeiras a curtir seus posts e fazem comentários tontos só para mijar no território. Duas vezes por dia ela muda sua foto de perfil do Whatsapp e Facebook para caçar comentário/like, além de colocar alguma selfie fazendo biquinho no Instagram com o mesmo intuito.

Elas estão sempre atentas no status do cara. Se ele fica online, não demoram 2 minutos para puxar assunto. Tenho duas conhecidas que volta e meia eu dou uma bloqueada. Costumo postar muito pouco no meu FB e Instagram, mas assim que o faço, eu conto até 5 minutos para elas me chamarem no Messenger e fazer alguma observação chata sobre o que postei.

Certa vez eu estava conversando com a minha mãe e uma dessas pentelhas não parava de mandar mensagem (é terrível quem manda mensagem picada ao invés de uma só. O celular não para de zumbir). Pedi licença para minha mãe e bloqueie a garota. Ela me ligou. Bloqueei a chamada. Recebi um SMS: “O que eu te fiz?! Você está me deixando louca”. Só não bloqueei o SMS, pois fiquei com receio que ela enviasse um telegrama.

A boba das redes sociais – A boba é uma variação do perfil acima. A diferença é que ela parece um robô infantil e não há conversa. Ela se comunica por meio de emoticons e está sempre dizendo “bom dia, boa tarde, boa noite” como um cuco-louco. Um amigo da minha faixa etária está “saindo” com esse tipo de garota (ela tem 20 anos) e além das saudações diárias, sempre que ela quer ir pra casa dele envia o emoticon do vovô + uma casa + emoticon com olhar apaixonado. Se ele fala que não vai dar aquele dia, ela manda uma carinha de choro, se ele fala que rola, envia um emoticon chorando de rir. Patético.

A viciada no telefone – Dentro da categoria digital encontramos essa garota. O telefone vira uma terceira pessoa na relação. Qualquer zumbida no aparelho ela precisa checar o que é. Se ela se segura para não pegar o telefone na mesa, assim que entram no carro lá vai ela atualizar-se das últimas postagens no Instagram e deixar o cara como motorista.

Muro das lamentações – Essa é um pouco mais rara, mas quando aparece perde-se muitas barras de energia. A garota simplesmente não consegue elogiar nada. Ou ela está neutra (com sua entusiástica frase “pode ser” ou “tanto faz”) ou criticando tudo que vê pela frente. Confesso que sou bastante crítico, mas tento utilizar esse defeito para fazer piadas, o que as vezes cola bem. Uma vez conheci uma Muro das Lamentações, que além de criticar minha carreira, conseguiu falar mal da cebolinha de estimação que eu tinha em casa. A cebolinha morreu em 6 meses. Juro.

Madame – A madame acha que a casa do cara é extensão da casa do papai. Ou seja, uma casa auto-limpante e com comidinha pronta sempre que ela tiver fominha. Se o cara vai preparar algo pra comer, ela senta a bunda na cadeira, enquanto toma algo e fica batendo papo (ou mexendo no celular). É preciso dar um toque para que ela ajude com algo, mas geralmente ela mais atrapalha que ajuda. Obviamente que não lava uma louça, afinal se ela não lava em casa, por que lavaria fora? No meu caso, a coisa que mais irrita é toalha molhada na cama. Qual a dificuldade de estendê-la no box?

Paladar de criança – Conforme você vai ficando mais velho, espera-se que haja uma evolução na sua vida, não apenas da idade ou profissional, mas em todos os aspectos por menores que sejam. Sua mente abre para novidades, busca novas experiências e ganha consequentemente maturidade. E aqui entra o paladar. É incompreensível sair com uma garota de quase 30 anos que só come prato feito, tem repulsa em provar pratos diferentes e não ingere álcool.

A ex do meu melhor amigo entrava nesse quesito. Era um saco sair de casal, tínhamos sempre que ir em pizzaria (ah sim, a dela não podia ter orégano). Pedíamos vinho e na segunda garrafa ela já fazia cara feia para o namorado, enquanto todos conversam, riam e se divertiam.

Sexta das leitoras – A novinha apaixonada pelo balzaco e uma história surreal

Dessa vez foi bastante difícil selecionar a Sexta das Leitoras, tinham histórias bem interessantes e redigidas. Agradeço!

Nessa sexta, temos a história da novinha de 24 anos que se apaixonou pelo balzaco de 34.

Na minha opinião, a diferença de idade não se torna tão problemática após os 27 anos, pois a garota já terminou a faculdade, está trabalhando, assumiu responsabilidades e ai começa a entrar em um nível de maturidade aceitável. O que não é o caso aqui.

Como estou muito bonzinho nesse retorno, vocês ainda ganharam mais uma história, o “Bônus surreal” após a história da novinha.

Vamos lá:

“Tenho 24 anos, 1,67m, estudante universitária e uma solteira convicta até o começo desse ano. Ano passado, eu estava frenética!! Muitas baladas da faculdade, cerveja e claro, alguns beijos e pegação ali e aqui. Entretanto, enjoei… sabe quando tudo é mais do mesmo?! Mesmas pessoas, mesmas abordagens masculinas, homens que não te ligam depois, ficar bêbada não era mais o suficiente para aguentar papos vazios…

No começo desse ano, conheci um cara, ele é médico e trabalha de domingo a domingo. Ele é mais velho que eu 10 anos, temos papos parecidos, e por termos familiares da mesma cidade, temos origens e tradições bem parecidas.

Cafa > Opa. Temos “papos parecidos” sobre o que? O impeachment da Dilma? Desculpa, mas é bem difícil ter papo parecido com 10 anos de diferença (salvo raras exceções, e pelo seu contexto universitário, você não é uma delas). O que deve acontecer é o cara nivelar o papo dele pra baixo. Ou você acha que ele vai falar de igual pra igual sobre plantões, maternidade, inflação, etc?

Ele tem uma filha de 5 anos. Nos vemos somente no fds que é quando ele vem para cidade onde moro, já que ele mora em outra cidade. O beijo e os corpos se encaixaram logo de primeira e a nossa química sexual é incontrolável. Claro, só nos encontramos nos intervalos entre os plantões, ou seja, sempre rola alguma conversa antes e depois sexo. Descobri que ele tinha uma noiva, e logo impôs que não rolaria nada comigo sem o término dessa relação anterior. Ele acabou terminando.

Ele diz que quer namorar direitinho comigo, só que preciso esperar até outubro que é quando ele vai largar um dos hospitais que faz plantão.

Cafa > Pera lá, muita desinformação aqui que deixou a novinha maluca. Vamos por partes nesse sofisma.

Ponto 1. Primeiro ele colocou uma condição que só te assumiria, quando terminasse. (e isso quer dizer, ele estava chifrando a noiva contigo).

Ponto 2. Ele terminou (mas você também não sabe se é verdade, certo?), mas agora colocou uma nova condição de ter que largar um hospital.

Conclusão: Quando ele estava com a noiva, que dá MUITO mais trabalho que uma peguete, o hospital não era um problema. Essa estrutura de raciocínio dele não se mantém.

Ele tem uma bagagem de vida muito dramática, muitos namoros fracassados, em que um deles, a namorada se suicidou por conta de depressão e talz! E sinto que é justamente por esse passado que ele me trata de forma esquisita quando estamos longe um do outro, insegurança talvez?!

Cafa > Olha, um homem de 34 anos, com filho, um trabalho sério e com essa bagagem de vida, é tudo menos inseguro. Ainda mais com uma garota de 24 anos.

Durante a semana, ele não me liga, me responde só o necessário no whats e sinto falta de carinho por parte dele nesses momentos, pode ser falta de tempo ou não tem paciência para whats, mesmo assim, já que quer namorar comigo, porque não conversa comigo direito durante a semana?! Quando a gente tá junto, ele é um amor, mas é só ir embora que começa essa aparente falta de interesse.

Cafa > Deus do céu, você é uma das pentelhas do Whatsapp. Não tem coisa mais chata que você estar ocupado, trabalhando e alguém azucrinando enviando emoticons, correntes de piada e ainda pedindo retorno sobre as mensagens. O cara dá plantão, é medico, a cabeça está em tanto problema que o último deles é quantidade de mensagem e o tempo de resposta pra você. O dia que você começar a trabalhar pra valer saberá o que estou falando.

De qualquer forma, nada impede do cara no final da noite ou quando estiver com tempo livre, responder as suas mensagens ou puxar uma conversa aleatória. Isso já aponta que a sua importância é carnal.

Já falei para ele que não to gostando dessa forma, mas ele fala que preciso ter paciência que tudo na vida dele vai se ajeitar e aí, podemos ficar juntos de verdade. Tentei dar um gelo, brigar, falar meiguinha, mas ainda assim, esse comportamento se alterou muito pouco.

Cafa > Etalele. Mulher desesperada é um perigo, aperta todas as teclas do computador pra ver se destrava o sistema e ai ferra tudo de vez.

Eu quero muito ter um relacionamento sério com ele! Mas será que vale a pena esperar até outubro por um cara todo enrolado desse jeito, e ainda, que me trata com indiferença quando estamos longe um do outro?! Ele fala que não quer que eu me iluda, mas afinal de contas, o que ele quer?! O que posso fazer para melhorar esses momentos de indiferença? Mandar msg? Ligar de surpresa? Ser melosa? Esse comportamento é de precaução ou de manutenção de uma foda certa?!

Cafa > Para! Agora você está querendo chutar o computador. Você tem certeza que é leitora antiga do blog? Porra…

Olha, você disse duas coisas que me chamaram a atenção: “Eu quero muito ter um relacionamento sério com ele” e “Ele fala que não quer que eu me iluda”. É você quem está querendo namorar ou ele quem sugeriu? O que é esse “iluda” ai?

Bom, a copa tá quase ai. Outubro entra em um mês. Enquanto isso, vai pras cervejadas, beija na boca, saia um pouco do Whatsapp e pare de atazanar o cara.

Infelizmente, pelos elementos que você trouxe, esse cara não quer nada sério contigo. É provável que em Outubro vai falar que assumirá algo sério depois do plantão de Natal.

 

Bônus surreal

Custei a acreditar que fosse leitora antiga. Vamos lá:

“Eu conheci um cara no Tinder (sim!), rolou um papo super legal por quase um mês. Eu comecei a curtir ele, conversávamos quase todos os dias pelo whats.

Um dia surgiu a oportunidade da gente se encontrar depois de um show.

Ele estava com um amigo dele. Nós três já estávamos meio bêbados e resolvemos ir beber depois do show.

Cafa, me lembro bem do seu conselho ‘não use de todos seus artifícios no primeiro encontro’. Pois é… Não coloquei em prática hahahah

Cafa > Epaaaa! Você distorceu o meu conselho, fofa. Eu aconselhei não andar descalça no piso frio, mas você dormiu pelada no chão.

Acabou rolando com ele e o amigo dele. E ele ainda me disse ‘ah queria que fosse só nós dois na primeira’. Mas aconteceu mt rápido.

Cafa > Tadinho, caiu até uma lágrima aqui por ele. “Aconteceu muito rápido”, como assim? O cara não conseguiu falar para o amigo dele “brother, to indo pra casa, abraço!”. O cara seguiu vocês e do nada já saiu enfiando a piroca?

O pior é que eu gostei dele e queria mt ficar com ele hahaha

Mas acho que depois disso não vai rolar, né?

Cafa > Rola sim, mas se você convidar o amigo junto ou levar uma amiga.

Depois disso nos falamos duas vezes e fui eu quem puxou assunto.

Difícil né? Não sei lidar, Cafaa!!!

Hahahah

E agora? Ferrei no primeiro “encontro”? Hahaha”

Cafa > Essa história é mentira, assume, por favor. Estou me segurando na cadeira pra não mandar você para lugares maravilhosos.

O problema não é você, sou eu

Essa expressão talvez seja uma das melhores para terminar um namoro ou uma relação que já deu no saco e você não tem mais ânimo de tentar reanimar. Chega um ponto que é um desgaste só ter que explicar educadamente pra pessoa que ela é preguiçosa, que tem titica na cabeça, que não sai da casa da mãe, que não tem amigas, etc. Há mulheres que não se satisfazem que o cara simplesmente não quer mais nada, elas precisam de um motivo. E ai vou falar o que? Leia mais? Faça amigas? Não dá.

Há coisas que você não muda, ou aceita como elas são ou abre fora. Então a frase “Você é uma pessoa bacana, o problema sou eu” serve como um zap (a carta mais forte) no truco do rompimento. Você transfere a culpa pra si e normalmente a pessoa para de atazanar.

Porém, teve uma vez que eu usei de forma sincera e quando pela primeira vez eu travei com uma garota.

Era final de 2013. Conhecemo-nos por acaso em uma balada no litoral paulista que ambos estavam completamente deslocados. Aquela coisa, teu amigo baladeiro enche a paciência dizendo que vai tocar o DJ XXX (ponha um nome em inglês), que vai tocar um “Set” muito bom, só vai gente “selecionada”, etc. Ai você chega lá, e tem um “set” de pirralho bêbado, a música é insuportável, o DJ não fica uma hora tocando e no final só tem briga, funk e gente se comendo pelos cantos.

Acabei puxando assunto quando a vi sozinha tentando pegar drink, em um bar que parecia o bolo da festa do Bexiga , e cedi meu lugar pra ela.

Não ficamos, mas conversamos bastante e trocamos contato. A garota era mais nova que eu, mas era bastante madura, tinha uma boa formação e emprego, sabia tocar piano (adoro mulheres que tocam instrumento) e era gata e gostosa.

Naquela época eu estava com a vida que (quase) pedi a Deus, bem estabilizado no trabalho e financeiramente, morava (sozinho) num lugar bacana, tinha meu carro, estava solteiro…a rotatividade na Cafa House tava maior que atendente de call-center da TIM.

Seríamos o casal perfeito e tinha tudo pra funcionar, mas eu estava com problema.

Apesar de todas as conquistas materiais e status que eu tinha, meu trabalho me sufocava e impactava minha vida pessoal. O meu demônio morava nessa zona de conforto. Se eu pensava em pedir demissão, ele logo mostrava todos os bens e ai eu engolia ficar em um lugar que me deprimia para não perder o conforto.

Quando voltei à São Paulo, convidei-a para jantar em casa, pois iria preparar o meu prato especial, Macarronada ao molho do Cafa (um dia passo a receita), a Cafarronada. Pedi pra ela trazer um vinho (que aliás, ela acertou em cheio na escolha).

Gosto do ritual de cozinhar com alguém que você curte conversar, é uma terapia pra mim. Entre um corte e outro de legume, dá uns goles no vinho, uns amassos, conversa, pica o tomate e ai vai. Os problemas somem, ainda que por algumas horas.

Eu estava inspirado, a macarronada ficou incrível, o vinho harmonizou bem com o prato e os amassos estavam bons. Era pra ser uma daquelas noites perfeitas, mas eu travei. Não cheguei a brochar, pois o amigão aqui nem chegou a subir. Ela tentou insistir mexendo no picolé de maria-mole, mas segurei a mão dela. Tava morto. Senti-me ridículo, numa inversão de papéis que eu jamais imaginaria. Pedi desculpas, comentei que tive um dia estressante, ela foi simpática, disse que tudo bem, agradeceu o jantar e foi embora.

Fiquei um bom tempo refletindo que porra tinha acontecido e não achava respostas. Talvez fosse algo fisiológico. No dia seguinte sai com uma lanchinho que eu comia de vez em quando e rolou numa boa. Uma semana depois chamei a garota de novo e novamente travei. Desisti dela.

Depois de alguns meses, quando finalmente me demiti da empresa, me desfiz de tudo e fui viajar, passei a compreender. Quando conheci a garota, minha cabeça estava a mil tentando me livrar de uma rotina angustiante. Se eu começasse a namorá-la, o que fatalmente iria acontecer depois de alguns encontros e noites de sexo, ela seria mais uma ancora naquela vida que não me satisfazia mais. Psicologicamente sabotei os encontros para não criar vínculo.

Com aquela o garota o problema era comigo. Talvez, o mesmo tenha acontecido com você algumas vezes, só prestando atenção no contexto do cara pra saber.

Sexta das leitoras – Como faço pra ele me procurar de novo?

A primeira história da coluna Sexta das leitoras não traz algo novo. Porém, como é um assunto muito recorrente entre as mulheres, já responderá várias histórias que recebi nessa semana.

Vamos lá:

“Tenho 22 anos,sou estudante, loira, 1,66 cm, 53 kg e estou solteira há dois meses”.

Cafa > E o telefone? =)

“Nunca fui de sair ficando, sempre gostei mais de namorar.. Namorei por 5 anos mas confesso que antes e depois do namoro fiquei com 5 caras.. Quando beijo alguém não tomo essa iniciativa mas gosto de manter “uma paquera” depois da ficada, pode ser via whats, ou facebook, mesmo que nunca mais role nem um encontro e desde que haja reciprocidade ..depois se não virar nada,pelo menos acariciou o ego e logo desencano”.

Cafa > Acho um desperdício esses namoros longos quando você tem menos de 22 anos. Em 90% dos casos, dá em nada e mais pra frente rolará um arrependimento. Perde-se uma das melhores (e praticamente única) fase de festa e pegação na vida, que é a faculdade. Considero uma fase para acumular experiência e chegar com mais bagagem e maturidade para um namoro.

“Eis a questão: Há alguns dias sai despretensiosamente com algumas amigas para um barzinho. Chegando lá tava tudo muito bom, até que uma certa hora chega sem avisar um paquerinha da faculdade. 24 anos, tímido, com amigos em comum, e que já o achava interessante mas ele sempre estava namorando.

Dias antes tínhamos assistido uma mesma aula e trocamos olhares, conversamos sobre as festas que iríamos, viagens e senti que o interesse era recíproco.. depois que soube que ele estava solteiro não hesitei em investir. A oportunidade me pareceu mais que apropriada. Trocamos olhares, me coloquei estrategicamente em sua frente e deixei quase explícita minha vontade de ficar com ele, mas não avancei. A bebida rolava solta. Acredito que por sua timidez e pela presença constrangedora da ex namorada no mesmo recinto a iniciativa dele pro beijo demorou a sair e depois do beijo apesar de ter sido ótimo, não ficamos exatamente juntos. Eu fiquei no mesmo lugar que estava com minhas amigas e ele ora ia conversar com os amigos, ora ia no bar, ora dava uma passadinha onde eu estava e rolava mais um beijo”..

Cafa > Gostei da atitude dos dois. Olha que coincidência, antes de ler sua história eu ia publicar outra muito parecida (recém solteira + ~paquera~ prévia + festa em conjunto = beijo). A diferença é que na outra a garota deu uma de boca-loca e saiu pegando a festa inteira. Depois veio chorar no meu ombro email. Porém, a sua é mais interessante.

“Na hora de ir embora fui me despedir, mas ele disse que era pra ir embora com ele, que fazia questão de me levar”.

Cafa > Pi-pi-pi-pi olha o alarme de Cafa na área disparando. Não sejamos inocentes, homem (Que não é amigo ou gay) oferecendo carona no final da festa = quero um boquete ou te comer. Se não está preparada, não aceite. Cafas conseguem usar bons truques para você terminar na cama dele.

 

“Acabamos eu e ele totalmente “drinks” indo embora juntos de táxi até a casa dele que era mais perto e de lá a proposta era que ele pegaria o carro e me levaria até a minha casa”..

Cafa > ( ͡° ͜ʖ ͡°)

“Não preciso dizer a mistura de uma mulher solteira mais um cara que ela é a fim mais álcool em excesso fez o amasso pegar fogo e eu fui parar na cama dele. Pela primeira vez na minha vida rolou de primeira assim.. não pensei em nada”.

Cafa > Acontece, mas pelo menos era um cara que você conhecia e não te traumatizou. Já vi muitas histórias de arrepiar. Em uma delas a garota dormiu com um cara e acordou com outro (se bem que isso já aconteceu comigo, mas a culpa foi do Johnnie Walker e da Cinderela, que depois das 7 da manhã virou uma bruxa na minha cama).

“Detalhes a serem ditos: são poucos os flashes que tenho do momento em si; eu curti mas não rolou nada demais. Não foi excepcional, mas do que lembro também não foi de todo ruim.. eu não estava preparada para transar naquela noite.. foi coisa de momento master, não tinha feito as unhas, estava com calcinha fio dental nova mas era rosinha, o cabelo não estava arrumado, e lá embaixo tava tudo aparadinho.. Enfim nunca que imaginei de dormir com alguém naquela noite e não sei até que ponto que esses detalhes que fazem com que nós mulheres fiquemos mais seguras interferem na classificação da transa boa ou ruim..Tava bêbada, encanada por estes detalhes, pelo cara ser da faculdade e eu ir pra cama de primeira.. enfim.. Pra mim não tava ideal mas tudo isso não me impediu e passei a noite com ele. Aconteceu uma vez só e dormimos até a hora do almoço”.

Cafa > Uma amiga tem um frase que levo pra mim, “Nunca uso calcinha feia. Imagine se sofro um acidente e o bombeiro gato precisar cortar meu vestido?”. No meu caso, óbvio que não usarei calcinha, mas antigamente ia malhar com umas cuecas do doce. E se gostosa da academia me chama pra relaxar na casa dela? Enfim, a chance de rolar é mínima, mas havendo 1% de possibilidade prefiro usar uma cueca decente sempre.

No caso, a sua calcinha nem era tão inadequada. Rosa está ok. O problema é aquelas de náilon bege vovó ou vermelha do bordel.

Sobre transar de primeira, depende da idade do cara. Homem mais novo pensa “ah se deu pra mim assim fácil, não vale nada”. Pensamento machista eu sei, mas é a nossa sociedade. Agora se você já conhecia o cara antes, normalmente não seria um grande problema.   

“No outro dia acordei, e tinha que ir embora. Dei uma enrolada até a faxineira acabar de lavar o chão da sala e nessa ele acordou.. me puxou, abraçou e tempo depois perguntei meio com vergonha e dando risada: o que foi que a gente fez? e ele rindo disse: uma coisa muito boa!”

Cafa > Nossa, essa frase é tão boa quanto “E ai, curtiu?”. Ele deve ter dado risada de constrangimento. Se você quer falar algo pra quebrar o gelo, melhor seria “Gostei da noite ontem, mas seria melhor se eu tivesse bebido menos, estava muito cansada”. E ai você vai conseguir extrair alguma coisa do cara além de uma risadinha constrangida e uma resposta boba.

“Ainda rolou mais um amasso, ele quis brincar lá embaixo mas já tava claro, e eu com vergonha esquivei, mas nos beijamos mais um pouco.. o celular dele tocou e depois pedi para que ele me levasse embora. Durante toda a noite ele foi carinhoso, cuidadoso e me encheu de abraços e beijos. Moramos no mesmo bairro e em cinco minutos eu já tava em casa, e ele nem sequer pegou meu telefone ou se manifestou. Não combinamos nada pra depois; e teve um selinho e tchau. Sabia já que tinha rodado. Que não passaria daquilo. Mas tava satisfeita com o saldo geral da noite”.

Cafa > Satisfeita com o saldo da noite? Você quer enganar quem aqui? Se tivesse, não teria feito tanta critica sobre você, a situação e me enviado um email. Concorda? A noite foi bem meia boca e nem espaço na agenda do cara tu conseguiu.

“Cafa, quando acordei e me vi naquela situação: cabelo bagunçado, uma espinha nova, maquiagem amanhecida, unha sem fazer, sexo mais ou menos….menos alcoolizados poderíamos ter feito uma performance muito mais interessante quis me enfiar em um buraco, e teletransportar pra casa. Tava encanada comigo, e com o que eu tinha feito. Não por ter feito e feito com ele. Ficou a sensação que podia ter sido tudo muito mais prazeroso. Com mais preparo eu estaria mais relaxada, me sentiria mais bonita, e poderia o sexo ficar muuuito melhor. E até quem sabe ter repeteco em uma ou outra ocasião?”

Cafa > É pimpolha, se fosse bom mesmo teria repeteco na manhã seguinte e ai talvez o cara pegaria teu celular.

“Não to querendo prolongar mais nada, nem to encanada por ter dormido com o cara da faculdade de primeira nada disso. Eu era a fim dele, rolou e não me arrependo. Fiquei encanada do cara não ter ligado, sim, mas é o risco que corri. Paciência”.

Cafa > Mulher é um bicho curioso e auto sabotador. Agora você não está encanada? Vou puxar duas frases que você soltou há pouco no texto “(…) Tava bêbada, encanada por estes detalhes, pelo cara ser da faculdade e eu ir pra cama de primeira(…)” e depois “Tava encanada comigo, e com o que eu tinha feito”.

Parte dos sofrimentos das mulheres em relacionamento vem dessa capacidade de se auto-sabotar procurando a culpa no espírito santo, na calcinha rosa choque e sei lá o que mais, ao invés de buscar a resposta em vocês, nas suas próprias atitudes. Eu sei, é difícil criar esse distanciamento, mas com treino você aprende.

“Só acho que dá pra ser melhor. Como faz pra passar isso pro cara e fazer ele investir uma segunda vez? Obviamente nem eu nem ele estamos querendo rolinho nem nada disso. E eu não sei qual foi a interpretação dele da noite. Só queria mais uma vez com esse cara porque ainda acho ele lindo, curti ficar e porque o sexo tem potencial pra ser melhor. Primeiro porque eu não lembro de metade do que aconteceu, e também porque já não seria a primeira vez, fato que ajuda muito a quebrar o gelo.

Não faz meu tipo tomar a iniciativa: você esta fazendo alguma coisa hoje? não? porque não vem aqui em casa?- não faço”.

Cafa > Isso não é fazer tipo, chama-se desespero.

“Cafa me ajuda! to errada? faço o que? desencano? já não foi legal de primeira e devo deixar isso quieto até pra me preservar na faculdade? e homem repara quanto nessas coisas de mulher? unha, cabelo, depilação, pele? de no outro dia não estar tão produzida quanto na noite? como faz pra fazer esse cara ter interesse e investir mais uma vez?”

Cafa > Adoro essa pergunta “O que faço para o cara voltar a me procurar?”. Vou escrever um livro com a resposta e virar best-seller ao lado da “Bíblia dos sedutores”. Enfim…

Para com esse papo de “preservar-me na faculdade”. Você não deu no banheiro da festa, nem fez orgia no carro. A coisa não é séria.

Sobre homem reparar em detalhes, na maioria das vezes não. Porém, limpeza é algo básico. A unha pintada é bonitinha, mas se estiver apenas aparada, tranquilo. Agora, se está com os esmaltes todos descascados, cheia de pele pulando pra fora, roída, etc ai complica. O cabelo idem, é bacana bem tratado, agora todo cagado (mal pintado, oleoso, caspento, etc) não ajuda. Que tipo de mulher vai porquinha pra uma festa? Imagine no dia a dia. Depilação não preciso comentar, né? Perereca peluda é pra sapo do brejo.

Agora, a preocupação em acordar princesa, pqp. Desconfie de “homens” que tem nojo de mulher ao acordar. Na tua história, o seu caso quis te tocar de manhã, você quem ficou de não-me-toques.

Seguinte, hoje, a facilidade para arrumar uma mulher e foda é imensa. Se você não fisga o cara no primeiro tiro, tem uma lista enorme ali na agenda dele, por mais tímido e esquisito que seja (Tinder faz milagres).

Pensa, o que você tem de diferencial pra oferecer em relação as outras garotas? Mal trocaram ideia, só tema bobo de festa e viagem de faculdade. O cara não sabe se você é uma anta ou agradável. O único vestígio que ele tem é uma foda meia boca que você não lembra e fez questão de deixar claro. A circunstância não te ajuda.

Pelo menos o cara é da sua faculdade. Tente entrar numa roda em que ele esteja e puxe assunto de novo, mas mostre que você tem o que falar. Se esse não é seu perfil, a próxima oportunidade para conversar será em uma festa da faculdade, mas há o risco dele te ver apenas como uma foda fácil. Vai da sua lábia de provar o contrário.

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Quer mandar a sua história para a sexta das leitoras? Não posso garantir que responderei todas, mas se for algo interessante e resumido, as chances aumentam. É só enviar para cafa@manualdocafajeste.com